sábado, 5 de janeiro de 2008

Cantinho da Historia Universal -- Parte XX

"III Reich -- Nazismo"


A Alemanha Nazi (ou Nazista), ou o III Reich foi o nome adaptado no tempo em que vigorou o regime nazista (de 1933 a 1945) para a Alemanha e o grande império formado pelas nações por ela conquistadas. O nome foi escolhido pelas ideias do Partido Nacional-socialistas alemão (Nationalsozialismus - nazismo), liderado por Adolf Hitler.
O centro da ideologia nacional-socialista é o termo raça. A teoria nazista diz que a raça ariana é uma "raça-mestra", superior a todas as outras, e justifica esta crença da seguinte maneira:

O nacional-socialismo diz que uma nação é a máxima criação de uma raça. Consequentemente, as grandes nações (literalmente, nações grandes) seriam a criação de grandes raças. A teoria diz que as grandes nações, alcançam tal nível devido seu poderio militar e que este, por sua vez, se origina em culturas racionais e civilizadas, que, por sua vez ainda, são criadas por raças com boa saúde natural e traços agressivos, inteligentes e corajosos.

As nações mais fracas, para os nazistas, são aquelas criadas por raças impuras, isto é, que não apresentassem a quase totalidade de indivíduos de origem germânica.

De acordo com os nazistas, um erro óbvio deste tipo é permitir ou encorajar múltiplas línguas dentro de uma nação. Esta crença é o motivo pelo qual os nazistas alemães estavam tão preocupados com a unificação dos territórios dos povos de língua alemã.

Nações incapazes de defender as suas fronteiras, diziam, seriam a criação de raças fracas ou escravas. Pensava-se que as raças escravas eram menos dignas de existir do que as raças-mestras. Em particular, se uma raça-mestra necessitar de espaço para viver (Lebensraum), pensava-se que ela tinha o direito de tomar o território e matar ou escravizar as "raças escravas" indígenas.

Raças sem pátria eram, portanto, consideradas "raças parasitas". Quanto mais ricos fossem os membros da "raça parasítica" mais virulento seria o parasitismo. Uma raça-mestra podia, portanto, de acordo com a doutrina nazista, endireitar-se facilmente pela eliminação das "raças parasíticas" da sua pátria.

Foi esta a justificação teórica para a opressão e eliminação dos judeus, ciganos, eslavos e homossexuais, um dever que muitos nazis (curiosamente) consideravam repugnante.

As religiões que reconhecessem e ensinassem estas "verdades" eram as religiões "verdadeiras" ou "mestras" porque criavam liderança por evitarem as "mentiras reconfortantes". As que pregassem o amor e a tolerância, "em contradição com os factos", eram chamadas religiões "escravas" ou "falsas".

Os homens que aceitassem estas "verdades" eram chamados "líderes naturais"; os que as rejeitassem eram chamados "escravos naturais". Dizia-se dos escravos, especialmente dos inteligentes, que embaraçavam os mestres pela promoção de falsas doutrinas religiosas e políticas.

Se bem que a raça fosse fulcral na visão de mundo dos nazistas, não era tudo.


Alguns dos eventos mais marcantes durante esse tempo foram: o início da Segunda Guerra Mundial; a perseguição e expulsão dos judeus em solo germânico; a forte propaganda; o crescimento económico da Alemanha; o militarismo; e a rejeição ao comunismo.


O início da grande depressão (1929), desemprego maciço, as humilhações do Tratado de Versalhes (1919) e o descontentamento social levaram a um grande apoio do povo alemão ao partido nazi. Hitler aceitou a chancelaria da Alemanha em Janeiro de 1933, após um período de caos político e económico, e assumiu a presidência e o pode executivo único com a morte de Paul von Hindenburg, em 1934.

Quase imediatamente, arquitectou a dissolução do Reichstag (parlamento) após o incêndio de sua sede, pelo qual culpou os comunistas.
Em Outubro de 1933, a Alemanha retirou-se da Sociedade das Nações, uma organização que Hitler desprezava. Um plano de quatro anos foi criado em 1936 para conquistar a auto-suficiência em caso de guerra, a força aérea (Luftwaffe), proibida desde 1919, foi reconstituída, teve igualmente início a reconstrução da Marinha alemã. Hitler reintroduziu o serviço militar obrigatório em 1935, após a devolução da Bacia do Sarre (rio na França e Alemanha, sob administração da Liga das Nações desde o final da Primeira Guerra Mundial).


Em Julho de 1936, fornece armas, equipamentos, financiamento e algumas unidades da Luftwaffe (Legião Condor) ao General Francisco Franco, o líder nacionalista na Guerra Civil de Espanha contra os republicanos e comunistas. Durante a primavera e o verão de 1939, fez uma aliança política e militar com a Itália de Mussolini e reavivou a antiga disputa pelo Corredor Polaco (Danzig), assinando um pacto com a União Soviética.


Em 01 de Setembro de 1939 as 04:45 da manhã, invadiu a Polónia sem uma declaração formal de guerra, levando a Grã-Bretanha e a França a declararem a Segunda Guerra Mundial. A ocupação militar alemã de grande parte do continente europeu foi rápida e, até 1941, o território controlado pelos nazis estendia-se desde o Círculo Polar Árctico e o canal inglês até o norte da África e a Rússia. A Grã-Bretanha foi seu principal adversário entre Junho de 1940 e Junho de 1941, quando Hitler invadiu a União Soviética, quebrando o pacto de não-agressão e abrindo outra frente de batalha. A mobilização total ocorreu no início de 1942 e a produção de armamentos cresceu, apesar dos maciços ataques aéreos a alvos civis e industriais. Sob a liderança de Himmler (1900-1945), a polícia secreta alemã, chamada SS, assumiu poderes supremos. A partir de 1943, os exércitos alemães passaram a lutar na retaguarda e em Maio de 1945 o Terceiro Reich encontrava-se em ruínas, Hitler havia se suicidado em 30 de Abril de 1945 quando o Exército Vermelho, da URSS, estava a poucos metros do ditador e a derrocada do nazismo era irreversível.

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